Com todo este frenesim que Squid Game, o fenómeno global que a 17 de Setembro se estreou na Netflix, criou à volta do subgénero de “jogos de sobrevivência/morte“, aqui ficam outras recomendações para ver enquanto se espera por notícias da segunda temporada.
A vida é um jogo – 5 Obras para ver depois de SQUID GAME!
Alice in Borderland (2020)
Baseado no mangá Imawa no Kuni no Alice, de Haro Aso, Alice In Bordeland é uma série original da Netflix, cuja primeira temporada estreou-se em dezembro de 2020 e que passou algo despercebida, mas que, entretanto, conquistou os tops de streaming.
Alice in Borderland acompanha Ryohei Arisu, um jovem desempregado que passa todo o tempo fechado em casa a jogar videojogos. Depois de uma discussão acesa com a família, decide sair de casa e encontrar-se com os seus dois melhores amigos. Após fazer umas traquinices no muito ocupado e popular cruzamento de Shibuya, o trio esconde-se numa casa de banho pública e quando sai… depara-se com uma Tóquio completamente diferente. Nesta nova Tóquio, Arisu e os seus amigos caiem numa teia de jogos, onde precisam de seguir as regras para sobreviver.
Com uma fotografia de excelência, ótimas sequências de ação, uma premissa mais gratificante do que a série coreana que a puxou para o estrelato, no elenco ainda temos nomes como Kento Yamazaki, Tao Tsuchiya e Machida Keita.
Cube (2022)
É preciso ainda esperar um pouco pela estreia deste filme, mas sempre vale a pena começar o hype e também ver o original independente canadiano, de 1997.
Hollywood tem um longo historial de fazer remakes dos sucessos de horror japoneses, como The Ring (2002), The Grudge (2004), Dark Water (2005) e One Missed Call (2008), entre outros. É a hora do payback.
Seguindo a premissa original, após um grupo de estranhos despertar num misterioso cubo, eles terão que se unir e usar as suas habilidades para evitar os perigos e procurar uma saída do labirinto, enquanto tentam desvendar a razão pela qual terem sido injustamente colocados lá.
O novo filme tem um elenco de peso: é estrelado por Suda Masaki, Okada Masaki, Tashiro Hikaru, Saito Takumi e Anne Watanabe, como os seis presos da misteriosa cubo. Sob a realização de Yasuhiko Shimizu e guião escrito por Tokuo Koji, o filme já foi filmado entre outubro e novembro do ano passado.
Estreia no Japão em outubro de 2022, ainda sem data de estreia mundial.
Red Room (1998)
Passando mais pelo cinema underground, este é talvez o filme que mais se pareça com a premissa de Squid Game. O Japão sempre teve uma oferta muito vasta no que toca ao género de “splatter film” ou mais popularmente conhecido como gore, começando com a série Guinea Pigs, de Hideshi Hino.
Red Room é apresentado como uma espécie de gameshow extremo, com quatro participantes que têm a oportunidade de ganhar 10 milhões de ienes, se um deles for a última pessoa de pé no final do The King Game. O jogo em si é simples – existem quatro cartas, três com um número e uma com uma coroa – a carta-rei. A pessoa que recebe a carta-rei tem o poder de ordenar os outros jogadores a fazer o que quiser. Tudo isto num esforço para fazer com que os outros jogadores desistam ou sejam eliminados do jogo…
Em jeito de aviso, para quem quiser ver o filme, aqui valeu mesmo tudo.
As The Gods Will (2014)
Squid Game foi acusado pelos netizens de ter copiado o filme de Takashi Miike, As The Gods Will (2014).
O criador negou as acusações, dizendo que começara a escrever o guião muito antes de 2014:
É verdade que o primeiro jogo é similar, mas depois disso, não existem muitas semelhanças. Trabalhei em Squid Game em 2008 e 2009 e, nessa altura, já tinha sido decidido que o primeiro jogo era ‘Red Light Green Light’.
Bem, o que fica é que ambas as obras têm demasiadas semelhanças entre si.
“As the Gods Will”, baseado no mangá Kamisama no Iu Toori, acompanha Takahata Shun, um estudante ordinário do ensino básico, que diz levar uma vida muito, muito, muito aborrecida. Num dia igualmente tedioso, a cabeça de um professor explode na sala de aula. A partir daí, Shun e os seus colegas de turma são forçados a jogar um jogo mortal criado por forças alienígenas.
Muito comedido (e comercializado) para um filme de Takashi Miike, e talvez por causa disso, foi um fracasso. Dito isto, se colocarmos de lado as tentativas de aprofundamento de personagens e da backstory, o filme consegue entreter o público e Takashi Miike sabe mais do que ninguém o que é que o público gosta – sangue e entranhas a explodir.
Battle Royale (2000)
A premissa é simples: a história é centrada num grupo de estudantes japoneses, que não sabem que vão ser colocados num programa disciplinar experimental, criado pelo governo, onde todos têm a missão de se caçar uns aos outros, saindo apenas um vencedor, e sobrevivente.
Baseado num romance bastante polémico escrito por Koshun Takami, e sendo o filme realizado por Kinji Fukasaku, mais conhecido na época pela sua série de filmes sobre os yakuza (Battles Without Honour and Humanity), o seu filho, Kenta Fukasaku, escreveu o roteiro.
“Battle Royale” chegou na altura perfeita, já que o acesso ao cinema do género japonês estendia-se, graças ao boom do “terror J” e aos dramas criminais altamente reconhecidos, feitos por Takeshi Kitano (que aparece em Battle Royale como professor e o vingativo mestre de cerimónias). Quentin Tarantino adorou tanto o filme que lançou a atriz Chiaki Kuriyama, memorável como uma das vilãs adolescentes mais relevantes de Battle Royale, em Kill Bill: Volume 1 (2003) como Gogo Yubari, guerreiras às ordens de O-Ren Ishii, cuja arma era o Meteor Hammer (uma bola cravada ligada a uma corrente).
O filme de 2000 foi um enorme sucesso, inspirando The Hunger Games e um punhado de franquias de ficção científica feitas em Hollywood. Battle Royale é mais do que merecedor do seu estatuto de lenda.
Gostaste destas 5 recomendações? Que outras obras sugeres para quem viu e gostou de Squid Game? Partilha nos comentários!