O Yatora foi-se meter numa cram school cheia de weirdos, e o ambiente é de tanta pressão que até eu consigo sentir. E as incursões pelo mundo artístico e as suas fórmulas misteriosas nunca foram flor que se cheirasse.
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Blue Period Episódios 4 a 7 – Opinião
Blue Period Episódio 4
O Yatora descobriu a prespetiva! É de se louvar, porque fazer pontos de fuga com florzinhas já é uma técnica bem complexa. Mas, colocando a evolução estupidamente rápida de Yatora de lado, passamos para Kuwana, a aluna prodígio que fica aterrorizada com o primeiro lugar, tal como a malta que tem 18 no teste e mesmo assim chora. Ela alega haver uma “maldição” em que o aluno que fica em primeiro na cram school não passa no exame de entrada no ensino superior… mas isso não quer dizer que a professora Oba afinal não é assim tão boa? Ou é a universidade de Tokyo picky a esse ponto?
Mas isso na verdade nem interessa muito, comparado com a tensão de cortar à faca entre Yatora e Takashi na vista à universidade de artes de Tokyo. Mas vamos ser honestos, o feitiozinho do Takashi é de fugir e ainda bem que o Yatora o pôs no sítio. Afinal, com essa frustração, o nosso protagonista libertou a raiva toda numa obra de arte explosiva de grande qualidade. No final do dia, a malta que nos chateia os miolos pode ser motivação para fazermos algo fantástico para lhes esfregar na cara 🙂
Blue Period Episódio 5
O quinto episódio é mais parado e com mais auto reflexão. Mas faz todo o sentido, já que os temas abstratos que Yatora tem que trabalhar são incrivelmente difíceis. Materializar e visualizar conceitos vagos mete medo ao susto e exige uma capacidade artística já muitíssimo elevada. Aliás, é exatamente com esta dificuldade que Yatora se depara, ficando com um clássico art block que atormenta os melhores.
Felizmente a Mori senpai é o plot devise que revolve muitos problemas nesta história, e mal Yatora vê o sua obra de arte budista, o art block já era, e nasce uma obra digna do Guggenheim, daqueles quadros que têm meia dúzia de riscos e bolhas e valem uns bons milhões. Contudo, sabendo que a palavra “paint” é literalmente a palavra “pain” mais um t, o sucesso de Yatora foi temporário. A mesma fórmula não resultou duas vezes e o rapaz já entrou em stress.
Blue Period Episódio 6
Bem começamos logo com o nome do episódio que é uma grande red flag: “os breakdowns não tem piada” e, na arte, há para dar e para vender. Felizmente, Yatora consegue superar a sua frustração e vai passar o ano novo com Takashi só para cultivar mais um pouco a relação de amor/ódio entre os dois que serve sempre como inspiração artística.
Já Kuwana, tem mais uma crise existencial bem mórbida, já que as expetativas altas da sua família com grande tradição artística estão a esmagá-la lentamente. Mas não é só Kuwana que está a deprimir, basicamente está toda a gente assim ou não seria a clássica época de exames que dão cabo de qualquer um. Apesar da mensagem predominante neste episódio ser “não te deves comparar com os outros e tens que te levantar sozinho” acho que a ideia principal é um tanto brutal e crua… não seria melhor pedir ajuda? O Yatora devia valorizar mais a saúde mental sinceramente.
Blue Period Episódio 7
Só faltava a urticária, né? É impressionante a variedade de formas que o nosso corpo encontra para somatizar o stress, não é Yatora? A última semana antes do exame já está a bater forte e está toda a gente a morrer de ansiedade. Afinal, a nota do exame de arte não depende do estudo, é muito mais subjetiva que o sistema escolar normal. Aqui o que conta é Yatora ter a capacidade para ser mais egoísta e divertir-se a fazer a sua arte, algo que deve recuperar daqueles tempos de amador.
Assim, no meio de uma deep conversation com um dos seus amigos, Yatora finalmente desabafa os seus medos. Algo que o amigo de Yatora referiu tocou-me particularmente: “a tua necessidade de estudar muito vem da tua falta de confiança”. Considero esta reflexão um tanto perturbadora, porque é bem capaz de ser verdade. Agora vou ser eu a ter crise existencial, excuse me T-T.
Acabamos o nosso episódio com o maldito dia do exame de arte, cujas restrições de materiais são assustadoras. Carvão é proibido mas a Kuwana é rebelde o suficiente para levar um saco de carvão à socapa, como quem leva cábulas, estão a ver? Vamos lá ver se isto vai acabar bem…
Uma coisa já sabemos… as coisas para Yuka começaram da pior maneira. Apesar de não vermos Yuka há algum tempo, já sabemos que provavelmente, este foi o pior breakdown de uma personagem na narrativa. No entanto, não posso negar que o enorme “X” que Yuka desenhou não seja um tanto satisfatório num ambiente de tanta rigidez. Será que valorizam o “X” pela originalidade? O que vai acontecer a seguir?
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