Gal Gun Double Peace | Análise PC

Gal Gun Double Peace é o segundo jogo da série Gal Gun. Disponível para Playstation 4, Vita e PC, este on-rails shooter/dating simulator desenvolvido pelo estúdio Inti Creates oferece muito no departamento do ecchi. Mas será que a abundância de cuecas compensa a jogabilidade?

 

Talvez compense, talvez não. Vai depender de que tipo de jogo estão à procura!

 

Gal Gun Double Peace | Enredo

Os eventos de Gal Gun Double Peace começam quando Ekoro, uma aprendiz de cupido, acidentalmente atinge o protagonista com um raio de atração super potente. O “falhado” Houdai Kudoki torna-se então o alvo da paixão de quase todas as raparigas da escola. Mas nem tudo é sem o seu senão! Como Houdai levou com o equivalente a todo o amor de uma vida, ele tem apenas 24 horas para encontrar a sua alma gémea. Para isso, tem de se defender das ondas de raparigas que se atiram a ele, usando “feromonas”. Para acrescentar à confusão, uma aprendiz de demónio anda pela escola a transformar algumas das miúdas em yanderes obcecadas com torturar Houdai.

 

 

Existem também duas irmãs na escola, Shinobu e Maya, que são caçadoras de demónios. Por alguma razão, isso faz com que elas sejam imunes ao poder do cupido. Naturalmente. Por isso se as quisermos ter como namoradas vamos ter que as seduzir como os comuns dos mortais. É um exemplo típico de enredo de ecchi que não se leva muito a sério, servindo apenas como desculpa para olharmos para as miúdas.

 

 

Gal Gun Double Peace | Jogabilidade Shooter

A jogabilidade é semelhante ao típico on-rail shooter como o clássico House of the Dead. Mas em vez de zombies, temos um harem de colegiais atrás de nós, a mandar piropos ou a apalparem-nos. A nossa “arma” são as nossas feromonas, e cada rapariga tem um ponto fraco do seu corpo onde podemos acertar para um Ecstasy Shot.

 

 

Se acumular-mos pontos suficientes e estivermos rodeados, podemos ativar o – não acredito que vou escrever isto – Doki-Doki Mode. Este modo vai fazer-nos entrar numa sequência interativa onde podemos apalpar até 3 raparigas alvo. Se, hum, acariciarmos os sítios certos em cada uma, elas hum, “explodem” e aniquilam outras raparigas nas redondezas. Tenho a certeza que qualquer semelhança a um orgasmo foi pura coincidência. Sinceramente, o componente shooter não é muito desafiante. As raparigas são lentas e jogar com um comando é menos divertido do que com uma pistola. Na minha opinião, Gal Gun Double Peace falha como um shooter.

 

 

Gal Gun Double Peace | Jogabilidade Dating Simulator

Para além do modo shooter, temos também uma componente dating sim. Podemos desbloquear e escolher a roupa de cada uma das alunas da escola, um pormenor que achei engraçado. É possível namorar com cada uma das mais de 70 raparigas do jogo, cada uma com a sua própria personalidade e design. Ao longo do jogo podemos apanhar as suas identificações da escola e descobrir mais sobre cada uma. Escolhas de diálogo ajudam a decidir o nosso percurso. Vamos também encontrar várias sequências interativas onde temos de, por exemplo, ajudar uma rapariga a sair duma janela. Tudo, claro está, sempre duma maneira bem ecchi, com ângulos de câmara estratégicos.

 

 

A grande variedade de raparigas é o ponto forte do jogo. É o dating sim com a maior opção de escolha que já joguei, e os criadores certificaram-se que há lugar para todo o tipo de fetiches. Desde os mais comuns como tentáculos e fem-dom, como os mais “refinados” como vore, sadomasoquismo e pés. A menos que tenham uma kink muito específica, de certeza que há uma rapariga que vos vai deixar muito feliz.

 

 

E para que não haja dúvidas do teor de Gal Gun Double Peace, o jogo tem um modo “Mãe entrou no quarto”. Basicamente, um simples clicar de um botão muda o aspeto do jogo para o de um RPG clássico, para o caso de alguém entrar de repente enquanto estão a acariciar cuecas. Sinceramente, mais jogos deviam ter isto!

 

 

Gal Gun: Double Peace | Estética e Som

O departamento visual deixa um bocado a desejar. Por um lado temos os modelos das raparigas, com gráficos decentes e estilo moe apelativo. Mas por outro, os cenários parecem de um jogo diferente. A resolução e detalhe dos mapas são de muito fraca qualidade. A janela de diálogo parece de um jogo antigo, com uma escolha de design azul-techno que dá um aspeto barato. É uma pena ver um rabo anime tão bem feito rodeado de pixels de fraca qualidade. Felizmente, temos ilustrações de qualidade profissional em momentos de história do jogo que dão um aspeto mais polido.

 

 

Em relação ao som, não há nada de extraordinário a apontar. É de valor que cada uma das imensas raparigas tem a sua própria voz. Mas a música é completamente genérica, não ficando sequer na memória. Os efeitos de som ao longo do jogo resumem-se a boings dos disparos e aos gemidos das raparigas. É sinceramente o que seria de esperar, mas não deixa de ser nada de especial.

 

Gal Gun Double Peace | Juízo Final

Gal Gun Double Peace revela-se um shooter fraco que esconde um dating simulator engraçado e variado. O diálogo não se leva a sério, tendo por vezes escolhas absurdas, mas tem o seu humor. Não pelo enredo mas sim pela grande variedade de raparigas (e fetiches), é um dating simulator ecchi que necessita de alguma paciência para progredir. Se são fãs de ecchi, então é um jogo obrigatório. Mas se o querem jogar pelo componente shooter, é melhor procurarem noutro lado.