O ptAnime esteve presente, no passado dia 2 de fevereiro, no festival IndieJunior Allianz 2019 onde pôde ter o prazer de ver a antestreia em Portugal do filme de animação do Studio Ponoc: “Mary e a Flor de Feiticeira”.
O local de eleição foi a Casa das Artes, situada no Porto, já conhecida por albergar o cinema em sala própria, para além de conferências e exposições.
IndieJúnior Allianz 2019 Estreia Mary e a Flor de Feiticeira
Mary e a Flor de Feiticeira no IndieJunior Allianz 2019 – A Experiência
Chegados à Casa das Artes ficamos positivamente surpresos com o exterior da mesma, que possui um belo jardim para passear e para as pessoas se encontrarem antes de qualquer evento. Em dias mais quentes, acredita-se que este espaço seja ainda melhor aproveitado.
Após ultrapassarmos a entrada procuramos pela bilheteira (que estava num local meio escondido) onde obtivemos os nossos bilhetes em menos de 1 minuto, apesar de termos ali chegado em cima da hora do filme.
Como faltavam cerca de 5 minutos para o “evento” ter início, demos uma pequena volta pelo hall onde foi possível passear pelo meio da arte que estava exposta.
Chegada a hora, os voluntários presentes abriram a sala do cinema e permitiram a entrada das pessoas para os lugares não marcados. Na entrada da sala foi dado um cartão de voto, o qual seria entregue à saída do filme devidamente preenchido, para ser contabilizado na escolha dos melhores filmes nas diversas categorias. Podemos já adiantar que “Mary e a Flor de Feiticeira” conseguiu vencer o Prémio de Escolha do Público!
Falando em público, as pessoas que foram ver a longa metragem de Hiromasa Yonebayashi eram maioritariamente crianças acompanhadas pelos seus pais, o que é normal e esperado uma vez que o evento versa sobre cinema infantil e juvenil.
Antes do início da visualização, a diretora da Casa das Artes e o diretor do festival falaram um pouco do mesmo, agradeceram a presença da audiência e explicaram outros aspectos e exibições do IndieJunior Allianz 2019.
De seguida dá-se início ao filme e, para nossa agradável surpresa, este foi exibido na versão legendada. Para adolescentes e adultos tal não é problema, no entanto e dada a afluência infantil, a falta de uma versão dobrada causou um dos detrimentos da visualização: pais a terem que dizer aos filhos tudo o que estava a acontecer, incomodando os outros ao redor.
Não encontrámos qualquer informação que indicasse a priori qual seria a versão, mas tratando-se de um filme mais virado para o público infantil, seria de esperar a versão dobrada. E tal como nós pensámos, parece que o resto da audiência também pensou. Numa próxima versão sugerimos que seja divulgada informação sobre qual das versões será disponibilizada, para que o público saiba com o que contar.
Outro detalhe a ter em atenção, mas que tem a ver com o local escolhido e não com o filme, é a distribuição do som pela sala. Pelo que entendemos o mesmo vinha apenas da frente, ou seja, do ecrã. Claro que sabemos que não estamos numa sala de cinema de uma cadeia nacional, no entanto este factor fez com que qualquer outro barulho na plateia (seja mastigar, seja abrir uma saca, seja mudar de posição na cadeira) perturbasse o filme.
Mary e a Flor de Feiticeira no IndieJunior Allianz 2019 – O Filme
Não é possível falar da experiência sem mencionar a qualidade, ou não, do filme.
No que à animação diz respeito, o pedigree Ghibli está claramente presente. O filme tem tanto de mágico na temática, como na sua apresentação visual. É, pelo que pudemos auferir, irrepreensível do ponto de vista da palete de cores, que vibram e nos enchem de emoção, em confluência com as emoções retratadas na tela pelas personagens.
É contudo, no aspeto narrativo do filme que a produção diverge dos colossos cinematográficos produzidos pelo Studio Ghibli. Há falta de melhor palavra, sinto que “Mary e a Flor da Feiticeira” encaixa melhor na categoria de filme infantil que qualquer outro do emblemático estúdio, que dada a simbologia com que preenche os seus filmes, consegue alcançar todas as idades e com algo particular para cada uma delas.
A história é fácil de acompanhar e a sua mensagem é simples e direta. Não é uma crítica ao filme de forma alguma e sei que todas as crianças vão adorar, tal como nós gostámos muito. Contudo, não vai deixar a nossa mente perder-se no seu simbolismo como acontece com outros filmes do género.
Ainda assim, é uma estreia fenomenal do Studio Ponoc e a margem de progressão é imensa.
Esta foi a nossa experiência no âmbito do IndieJunior Allianz 2019! Alguém aqui também foi ver o filme “Mary e a Flor de Feiticeira”? O que acharam?
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