Título: Comet Lucifer
Adaptação: Original
Estúdio: 8-Bits (Absolute Duo, Grisaia no Rakuen, Tokyo Ravens)
Géneros: Aventura, Fantasia
Ficha Técnica: Indisponível
Comet Lucifer | Opening
“The Seed and the Sower” – fhána
https://www.youtube.com/watch?v=1shUDn2tkiE
Comet Lucifer | Enredo
Sendo uma das primeiras estreias da tão aguardada (por mim) temporada de Outono, Comet Lucifer conta-nos a história de um mundo, outrora dominado por uma guerra sangrenta, coberto de brilhantes cristais azuis, ou o seu nome técnico Gifdium. O nosso protagonista, Sougo Amagi vive numa cidade chamada Garden Indigo, uma metrópole que tem prosperado com a extração desses mesmos cristais. Sougo tem o hábito de colecioná-los. Num pacato dia ele é inserido involuntariamente numa briga imbecil entre dois amigos. A brincadeira não corre como esperado e o nosso herói acaba preso numa gruta. Entre pedregulhos e ruínas, ele encontra um lago subterrâneo e pouco tempo depois um cristal que se materializa numa rapariguinha de cabelo azul e olhos vermelhos. Durante o episódio acabamos por entender que a rapariguinha é um “objeto”, que uma organização poderosa não olha a meios para obter.
Criticamente, apenas esta sinopse não parece um motivo suficiente para convencer alguém a vê-lo, provavelmente a história de objetos que viram raparigas não é algo desconhecido para quem já está neste mundo há um tempinho… Contudo, se cogitarmos um pouco como apreciadores de anime, entendemos que este tipo de premissas é admirado e gera um certo tumulto entre os fãs do género. Lucro, tudo se baseia nisso. Nada é produzido como uma “experiência” ou “vamos ver o que dá”, se a asserção inicial não vender por si só, volta-se à estaca zero e embarca-se numa busca por algo que garantidamente já chame à atenção.
O anime oscilou de cenários com uma rapidez impressionante. Em alguns casos não diria que essa variação foi feita de uma maneira fluída ou natural, sendo que em apenas vinte minutos de episódio, conseguimos observar a cidade e o dia-a-dia da população, assistir a uma luta de robôs gigantes e ainda houve tempo para um pseudorromance imbecil.
Outro quesito que devo aqui mencionar são os personagens. Não senti empatia por nenhuma e as que nos foram apresentadas aparentaram ser um tanto quanto genéricas. O próprio protagonista não inspira muita confiança e quando nem o “foco” da história nos convence, um número de problemas já é levantado. A outra heroína, a rapariga que surge do cristal, aparentemente será uma loli adorável que terá uma presença mais de “mascote” do que de humana. Afirmo isto com uma certa segurança, pois o possível romance do protagonista já foi evidenciado com outra personagem. Tendo isto em atenção não vejo outra possível abordagem para a personagem materializada.
Comet Lucifer | Ambiente
Visualmente, considero um pecado tentar arranjar argumentos para criticar a arte de Comet Lucifer. Apesar da 8bits não ter produzido No Game No Life, as semelhanças entre os dois são assustadoras, principalmente na intensa saturação de cores. Não tenho palavras para descrever o quão bonito achei a obra e o quão bem feito é o traço das personagens. É simplesmente lindo assistir ao anime. Normalmente, sou bem desligada em relação ao visual dos animes que assisto, contudo este aqui enfatizo que, mesmo que a premissa seja o mais básica possível, a série merece ser conferida para que possam ao menos entender o porquê da minha euforia.
A banda sonora do anime também é merecedora de louvores, com uma abertura que até agora considero das melhores desta temporada.
Comet Lucifer | Potencial
Depois de todos os pontos enumerados, o anime poderá tornar-se algo prazeroso de assistir?
Diria que sim. Após a visualização do primeiro episódio, não considero que o anime tenha aspetos necessariamente maus no sentido literal da palavra, afirmo apenas que existem alguns parâmetros duvidosos que, em um mau trabalho por parte da produtora podem conduzir a série a um épico falhanço. Por outro lado, se com o desenrolar da trama conseguirem efetuar uma gestão inteligente e oportuna dos pontos acima referidos, a história terá material para ganhar a aprovação da maioria da comunidade.
Pessoalmente, o anime convenceu-me e fez-me querer continuar a assisti-lo. Tenho receio apenas, de que estejamos aqui a falar de uma história complexa demais para apenas doze episódios e, por experiência própria, animes condensados acabam sempre em algo lamentável.
Realmente, o anime tem tudo para se tornar algo divertido de assistir. Seja pela sua maravilhosa qualidade visual e mesmo pela sua trama, tendo sempre esperança que os pontos que assinalei acima melhorem com o decorrer do tempo.
Trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=rVfNOVoVm6k
Análises
Comet Lucifer
Os Pros
- Trabalho de imagem brilhante
- Banda sonora bem constituída
Os Contras
- Premissa básica
- Personagens genéricos