Título: Death Parade
Adaptação: Original
Produtora: Madhouse
Géneros: Ação, Seinen, Sobrenatural
Ficha Técnica: Disponível
Death Parade | Enredo
Geralmente, quando um ser humano morre, ou vai para o Céu ou para o Inferno. No entanto, na eventualidade de dois seres falecerem ao mesmo tempo, é-lhes concedida a oportunidade, se assim lhe podemos designar, de serem novamente julgados. Para tal decorrer, são direcionados a uma espécie de limbo que se situa entre o Céu e o Inferno, designado por Queen Decim. Neste local, os humanos recém falecidos, têm que jogar um jogo que vai determinar o julgamento final de ambos.
Neste, as personagens vão confrontar-se, com ideais e visões próprias, passados e presentes, que vão gerar e colocar em causa problemáticas de foro filosófico e psicológico. Com apenas um jogo básico, e duas personagens completamente desconhecidas (para nós público), a partir das quais não nos foi dado qualquer tipo de informação e/ou caracterização, recebemos uma troca densa de diálogos, que nos mostram e nos levam a refletir o quão falso pode ser um ser humano, durante anos, ou até uma vida inteira.
É sem dúvida uma premissa original, que dá lugar a um desenvolvimento de um argumento complexo que provoca a reflexão. Durante o jogo ainda conseguem brincar com a nossa mente, levando-nos a defender certa personagem, e no momento seguinte já nos levam a defender a outra. Conseguir escrever algo para um formato de 20 minutos, onde o diálogo é o confronto principal, sem estarmos ligados emocionalmente às personagens de forma prévia, é algo extremamente complicado de se fazer. Porém, os responsáveis por este departamento conseguiram-no fazer sem grandes falhas e de uma forma admirável.
Death Parade | Ambiente
Uma boa premissa numa arte visual, não se sustenta sozinha. Felizmente, a equipa que está a trabalhar nesta obra tem uma noção incrível deste aspeto, dando génese a uma construção cénica preenchida de colorações únicas e adequadas. Estas diluem-se de tal forma, que nos fazem acreditar na existência deste limbo, enquanto estamos a ver Death Parade acreditamos na existência do Queen Decim.
A realização e composição de todos os planos, mostra uma imensa noção sobre a linguagem visual, de modo que este não só suporta a narrativa, mas também a ajuda e intensifica.
A animação é extremamente fluída, ou pelo menos, é esta a noção que fica. No que diz respeito à Madhouse, não temos propriamente razão de queixa neste aspeto. Ainda assim não é possível afirmar isto com certeza, uma vez que ainda não nos foi dada uma cena que requisitasse uma animação mais acelerada e intensificada.
Death Parade | Potencial
Death Parade, com segurança, é uma das obras com mais potencial desta temporada, onde todos os departamentos convergem em pura arte. De tal forma, que poderá dar origem a uma obra prima, ou à maior desilusão do Inverno de 2015.
Todos os elementos que nos foram fornecidos necessitam de extrema delicadeza na direção que vão tomar. Portanto e concluído, o início foi forte, mas um pequeno deslize será fatal para a morte desta obra.
Se gostaram do primeiro episódio recomendo a vizualização da obra na qual foi inspirada, Death Billiards. Se não viram e ainda não conseguiram decidir se devem ver, recomendo ao público que aprecia bons dilemas, narrativas complexas e abordagens psicológicas a temas mais sombrios.
Análises
Death Parade
Death Parade, com segurança, é uma das obras com mais potencial desta temporada.
Os Pros
- Conceito
- Harmonia técnica.
Os Contras
- Nada de relevante a apontar