Já vos havia falado de Grand Blue no meu top de sugestões desta temporada de verão. Uns meses antes do anúncio da sua adaptação anime descobriu-o na lista de melhores mangas do MAL e decidi fazer um test drive ao mesmo. E percebi que a sua posição não se devia a um acaso ou um golpe publicitário, o manga é bom!
Longe de tudo aquilo que leio habitualmente (shoujo, shounen, sobretudo), Grand Blue trata-se de uma comédia ao estilo paródia, com um forte espírito universitário e um tema base bastante interessante: diving – mergulho de garrafa em português.
Grand Blue – Primeiras impressões
Após assistir aos dois primeiros episódios tive a certeza que a decisão de o assistir foi a escolha certa! Não se trata de um anime que faça o meu género, confesso, todavia tal não prejudicou a minha imersão.
Grand Blue segue o dia a dia de Iori, um rapaz de 18 anos que sempre estudou em colégios masculinos e decidiu enveredar pelo estudo universitário numa universidade mista, perto da casa do seu tio. Com as hormonas no auge e uma vontade imensa de experienciar o sexo oposto, Iori é recebido por um conjunto de rapazes… nus!
Eu sei, a premissa que vos descrevo é bastante genérica e, em boa verdade, os primeiros minutos são isso mesmo! Tal e qual como vos descrevi. Desconcertante? Oh não, acreditem que não!
Grand Blue é mais do que aparenta…
Grand Blue torna o que seriam situações que vulgarmente dariam lugar a momentos de piada fácil, pouco originais e de ecchi típico, em comédia pura!
Há um cuidado na manutenção de um equilíbrio entre realidade e paródia. Claro que nestes dois episódios a paródia foi o que prevaleceu, contudo o final do segundo episódio já nos mostrou que a história teria algo mais que não seja o dia a dia de um universitário.
Claro que o lado mais pervertido e sexual de Grand Blue poderá ser um entrave aos espetadores mais conservadores e/ou fartos de obras ecchi. Felizmente, esta série foge ao estereótipo de ecchi sem conteúdo algum, e mesmo a comédia é fluída e consistente. Temos assim uma “perversão” cómica e “natural” dada a faixa etária que a torna parte do charme natural da série!
Além de que ecchi não é, de todo, o objetivo da série! Mais depressa vêem homens nus com bolas pretas de censura no lugar do pénis que mulheres nuas ou qualquer tipo de insinuação sexual. Não vos posso garantir nada em termos desta componente uma vez que não li muito mais que 6 capítulos do manga, todavia, até agora parece-me que o ecchi será apenas um adereço de comédia bem criada.
Design e animação
Em boa verdade, há sempre tanto a acontecer na série e é sempre tudo tão caótico que acabamos embriagados com tanta informação e gargalhadas. A animação é feita on point para a comédia. Temos momentos em que parece que estamos a ver no formato de sketches interrompidos com as faces caricaturadas do Iori.
Honestamente, após 2 episódios, esperava ver um pouco mais de “mar”, ficamo-nos apenas com uma amostra do que poderemos assistir através do opening. Pelo menos quero acreditar que em breve possa ver algo que realmente valha a pena em termos do departamento visual.
Quanto à banda sonora a maioria é música de fundo completamente generalista que passa despercebida, posso apenas afirmar que, pelo menos, a sua gestão está minimamente bem executada. Votos para o opening e o ending.
Grand Blue – Opinião
Apesar de fascinada por estes dois primeiros episódios tenho a noção que muita coisa pode correr mal. É difícil de sustentar uma qualidade acima da média em obras de comédia, quanto mais quando temos um tema “sério” por detrás.
Além disso, todo o ambiente de Grand Blue assusta um pouco os espectadores que nada sabem sobre a mesma. Afinal, é muito homem nu comparativamente ao habitual: ecchi com mulheres nuas! Demora um pouco a nos habituarmos e a encarar com a mesma naturalidade que as mulheres de Grand Blue!
Contudo, e dadas as fortes gargalhadas que me provocaram, acho que vale a pena tentarem. Façam o test drive, vejam o primeiro episódio e decidam!
https://www.youtube.com/watch?v=U6BYoN7NxzA
Análises
Grand Blue
Os Pros
- Comédia
Os Contras
- Banda Sonora
- Algum exagero visual