Ora vamos falar de Kumichou Musume to Sewagakari. O anime que mais me surpreendeu na temporada de verão de 2022.
Tal como a maioria de vocês, não dava um chavo por esta série. Na realidade, só comecei a assistir por piada e desafio dos SuperSenpais. Achei o plot engraçado, afinal um yakuza que vira babysitter só pode ser de comédia e paródia…
Kumichou Musume to Sewagakari – Análise
Não, isto não é um Gokushufudou versão babysitter. E, apesar de ter comédia, não é o principal motor desta série. Kumichou Musume to Sewagakari é um slice of life sobre uma alma perdida por um passado negro no mundo do crime. É a história de Tooru Kirishima e o seu reencontro com a pequena Yaeka.
Conhecido como “O Demónio de Sakuragi“, Tooru não tem medo de usar a violência para atingir os seus objetivos. Matar e espancar sem dó nem piedade foram durante anos a sua imagem de marca e a razão da sua existência. Atualmente, a paz entre os Yakuzas prevalece e o seu chefe decide encarregá-lo da tarefa de maior responsabilidade que este alguma vez enfrentou: ser o babysitter da sua filha. Yaeka Sakuragi é a menina dos olhos do grupo Sakuragi e, por ser filha de quem é, muitos são os perigos que enfrenta.
Começamos assim a nossa jornada no dia a dia deste doce grupo de yakuzas que em tudo se parece com uma família de delinquentes muito bem comportados…
Para quem é The Yakuza’s Guide to Babysitting?
Se existir um nicho dentro dos slice of life a envolver adultos problemáticos a resolver as suas vidas com a adição de crianças, este entra claramente na classificação. Não é tão profundo e bem escrito quanto Barakamon, mas ainda assim usa e abusa do humor e do “olhar o mundo” segundo as crianças. Além disso, possui o tipo de doçura que vemos em Amaama to Inazuma, Yaeka é uma kawaii em tudo o que faz e diz, e a forma como ela olha para a sua “família” e para o Kirishima é, sem dúvida, adorável.
Como já perceberam, Kumichou não inventou o género, ou subgénero. Quem gosta de séries mais feel good, divertidas e do género das referidas acima é bem provável gostarem desta série. Para além de ser um banho emocional, e de educação parental, desenvolveu com desenvolveu com competência um plot de mistério (mãe da Yaeka) e dramático q.b. sobre a vida e passado de um Yakuza.
Mortes e Porrada? Podia haver mais, não me queixava…
A grande crítica para Kumichou Musume to Sewagakari prende-se exatamente na amenização do que é ser-se Yakuza. Já a obra original peca por isso, no anime a situação piora com a censura/mudança de alguns acontecimentos em torno de uma das personagens – o suposto vilão da história.
Claro que há pancadaria, Kirishima a alongar-se um pouco às escondidas da Yaeka mas, ainda assim, muito longe do desejável. Se por um lado vemo-lo – e muito bem – a enfrentar e lidar com um passado de violência, por outro o ambiente Yakuza é, na sua maioria, flores.
Kumichou Musume to Sewagakari – Análise
Juízo Final
Um anime que não esperava nada e vi-me rendida. Uma história que parecia vazia e que nos surpreende com alguns elementos e personagens interessantes. A animação e banda sonora são boas o suficiente para a obra em questão pelo que, até nas componentes mais técnicas podemos estar descansados que fizeram um bom trabalho.
No fundo, uma excelente aposta para aliviar o stress, sem pensar muito, sem grandes dramas para nos corroer o coração.
Agora peguem lá uma Yaeka a ser mega fofa e deixem as vossas opiniões e sugestões nos comentários!
Análises
Kumichou Musume to Sewagakari
Conhecido como "O Demónio de Sakuragi", Tooru não tem medo de usar a violência para atingir os seus objetivos. Atualmente, a paz entre os Yakuzas prevalece e o seu chefe decide encarregá-lo da tarefa de maior responsabilidade que este alguma vez enfrentou: ser o babysitter da sua filha.
Os Pros
- Good Feeling
- As crianças comportam-se como crianças
- Passado do Kirishima
Os Contras
- Forma como os Yakuza são representados