Save the Children! Start of a Gang Fight!
O aproximar do anime em relação à manga está-se a refletir nestes últimos episódios de One Piece. A mais recente prova disso foi este número 583 da série, em que grande parte do tempo foi dedicado ao grupo de Straw Hats e às crianças que se encontra no Biscuit Room do laboratório clandestino, situado na parte gelada de Punk Hazard.
Galeria de Imagens: One Piece Episódio 583
Após uns primeiros instantes em que as crianças do Biscuit Room estranharam a presença de gente nova naquele lugar e os Straw Hats o tamanho delas, estas situações anormais logo foram esquecidas para darem lugar à brincadeira. Pois é, as diferentes constituições e traços físicos dos nosso heróis começaram a atrair as crianças para a sua beira que, curiosas, começaram a investigar os mais diversos aspetos. Perante aquela situação, o quarteto de piratas, acompanhado pela cabeça do Samurai, teve diferentes reações consoante os estímulos que os miúdos gigantes lhes provocavam. Franky destacou-se pelo seu formato de robô que, como nós sabemos, é dos brinquedos mais procurados pelas crianças. O Cyborg começou a mostrar tudo o que era capaz de fazer e a posar de diferentes formas para alegria e estupefação dos mais novos. Chopper foi alvo de muita atenção devido ao seu formato pequeno e fofinho e, portanto, também suscitou muito interesse nos presentes. Nami passou um pouco despercebida e Sanji foi o único a não “gostar” das crianças que em pouco tempo começaram a fazer troça das suas sobrancelhas arredondadas. Houve ainda tempo para o Samurai assustar as crianças por ser apenas uma cabeça decapitada e por recorrer a gritos estrondosos para perguntar se o seu filho, de nome Momonosuke, estava por ali. Enfim, foi um momento de descontração e divertimento para nós, espetadores, que terminou com a chegada dos soldados daquele misterioso laboratório ao Biscuit Room. Foi nessa altura que os nossos amigos desataram a fugir, sendo perseguidos não pelos guardas, mas pelas crianças que, segundo deram a entender, nunca tinham saído daquele local. Ao verem gente nova por ali, é perfeitamente normal o facto de terem desatado a correr atrás deles para que estes os levassem com eles.
Antes de descobrirmos se Nami e companhia iam corresponder aquele apelo, foi tempo de dar um salto à parte quente da ilha para um pequeno desenvolvimento. A precisarem de atravessar o lago que dá acesso à parte fria, Luffy, Zoro, Robin e Usopp começaram a pensar numa solução prática e eficaz, pois é preciso lembrar que o Capitão e a arqueóloga comeram no passado Frutos do Diabo e, como tal, não sabem nadar. A solução chegou por intermédio do maior mentiroso da tripulação, que provou que a sua passagem pelo Boin Archipelago o tornou um pirata cheio de recursos. Através das suas sementes, o filho de Yassop conseguiu arranjar um barco em forma de banana para os transportar, e uns ramos de uma planta com a constituição perfeita para funcionarem como remos. Mal tinham iniciado a viagem, surgiu na margem um dos centauros que os tentara atacar. Ao ver que já não os conseguia impedir de atravessar o lago, este puxou de uma trombeta para invocar o suposto Boss que tanto se tem ouvido falar e que a produção ainda não nos deu o prazer de conhecer. Na verdade, neste capítulo só tivemos mesmo a oportunidade de ver a sua forma física na escuridão que, por acaso, dá a entender que é bem gigante e parece não estar só.
Voltando então ao Biscuit Room, depois de muito apelarem, as crianças lá conseguiram sensibilizar Nami que instantes antes já lhes tinha negado ajuda. Em simultâneo víamos os soldados perderem a paciência, pois não queriam atingir as crianças ou o Master iria ficar furioso, mas precisavam de alguma maneira impedir a fuga dos Straw Hats. Felizmente para os miúdos, no momento em que os soldados se decidiram a disparar, Sanji usou o seu Diable Jamble para evitar tragédias. Uma técnica que impressionou os miúdos e à qual se seguiram o Kung Fu Point de Chopper e o Strong Right de Franky. As crianças ficaram absolutamente regaladas com tanto espetáculo. Depois desta intervenção preciosa e de afirmar que só fizera aquilo para agradar a Nami (a quem mais podia ser?), o cozinheiro disse a Chopper e a Nami para transportarem as crianças dali para fora enquanto ele e Franky aguentavam as tropas adversárias.
Por fim, e para novo momento de descontração, tivemos a oportunidade de ver Brook que, para “matar o tempo”, se decidira a construir vários bonecos de neve perto do Sunny-Go!. Tudo estava a correr muito bem, até à altura em que alguém começou a destruir as suas construções. Após um primeiro momento de surpresa, o esqueleto intercetou os golpes do desconhecido com a sua espada, ficando claro para todos que o inimigo era nada mais nada menos do que a parte do Samurai que ainda não tinha aparecido até ao momento, o seu tronco.
Recapitulando, este foi um episódio com pouco desenvolvimento e que, infelizmente, será um aspeto a manter-se nos próximos capítulos dada a proximidade do anime com a manga desta obra. A altura para a inclusão de fillers já lá vai pois a saga já foi iniciada e, assim sendo, a não ser que nas próximas semanas surja alguma alteração inesperada ao rumo da história por parte da produção, vamos ter que gramar com este pacing mais lento durante muito tempo. Sinceramente, não sei se esta opção é boa ou má. O ideal, a meu ver, seria uma pausa no anime, mas visto que isso é uma carta fora do baralho pois um maior número de episódios, independentemente de serem bons ou maus, corresponde a um crescimento nos lucros dos responsáveis pela série, acho que prefiro as coisas assim em vez de fillers. A não ser que surja uma alternativa que neste momento não atravessa a minha mente. E vocês caros leitores? O que perspetivam para o futuro da série tendo em conta esta aproximação à manga por parte do anime?