“Shaman King: Flowers“, é o título da continuação da obra de Hiroyuki Takei. Sendo ainda muito cedo para se poder realizar uma avaliação geral da obra, deixo-vos com uma primeira impressão!
A História
Começa com o protagonista em acção contra um numeroso gang que, por sua vez, decidiu enfrentar claramente a pessoa errada. Não nos mostra uma batalha, mas chega para transmitir a ideia que Hana, o grande protagonista, não é fraco! O facto de ter mostrado a sua força de uma forma que não devia, leva-o a ser advertido pela sua guardiã, pois não deveria utilizar o seu “espírito” em batalhas desnecessárias, principalmente porque isso o pode mostrar e colocar em risco.
No entanto, o aviso já vai um pouco tarde. A utilização de técnicas espirituais de forma irresponsável levam à aparição de dois membros do clã Asakura. Estes dois membros são provavelmente primos de Hana, pertencentes à segunda linhagem dos Asakura (provenientes do irmão do pai de Hana). Existe uma enorme e interminável rivalidade entre as duas linhagens, uma luta com uma duração de milénios. Este lado do clã, pensava-se que estaria morto, mas estes dois aparecem para provar o contrário. Ainda não são conhecidas claramente as intenções destes jovens, a não ser vingança, nada mais de concreto foi ainda revelado.
Ambiente e Enredo
Existe uma forte ligação com a prequela, ou seja, o que acontece nesta não são apenas acontecimentos que se passam temporalmente depois, mas sim consequências de coisas que se passaram na obra anterior e provavelmente até mesmo antes da prequela.
A narrativa acontece aproximadamente dez anos depois do final de “Shaman King” e segue as aventuras de Hana Asakura, filho dos protagonistas da prequela. Este mostra habilidades que chegam a ultrapassar os poderes que os pais dele possuíam. O ponto mais forte, e que vale mesmo a pena referir, é sem dúvida o desenho, a arte e a forma como este Mangaka evoluiu a obra!
Com esta continuação, Hiroyuki Takei-sensei mostra-nos que uma sequela/prolongação de uma obra no mundo da manga nem sempre é algo mau. A evolução que Shaman King sofreu está para além do fenomenal! Hiroyuki, manteve sem dúvida a base do traço do seu desenho nas personagens, melhorando ainda todos os aspectos possíveis.
Como já referi, a base do design das personagens foi mantida, mas os contrastes e o brilho estão simplesmente fenomenais, o que torna as expressões faciais e movimentos corporais mais fortes e mais definidos, o que dá origem a uma obra com um visual mais perceptível e limpo.
As personagens
Do pouco que li, não destaco nenhuma personagem. Para já, poderão encontrar apenas as personagens comuns que preenchem os padrões de uma manga do estilo Shonen. A personagem principal, Asakura Hana, é uma mistura tanto da mãe como do pai, a nível físico e psicológico. Revela-se uma personagem típica mas com algo mais a traçar a sua personalidade. Talvez rancor ou frustração marcada pelo rumo dos acontecimentos. Hana é um ser completamente desinteressado pela vida e pela escola, irresponsável e preguiçoso. É orgulhoso, inocente mas determinado.
Já Amidamaru, o seu espírito, entra na narrativa como um das várias “personagens” protectoras de Hana. Este é usado como a consciência conselheira, o melhor amigo e, principalmente, a única companhia no dia a dia solitário de Hana. É mais que natural que conheçam Amidamaru, acompanhou a jornada do actual Shaman King na prequela e já viveu mais de 600 anos. Contudo, é observável uma evolução na sua personagem. Este, mostra-se ainda mais experiente, cauteloso e preocupado.
A única que consegue colocar Hana “na linha” é Tamamura Tamao, personagem conhecida da história precedente. Só Tamao consegue provocar algum medo e educação na rebeldia persistente de Hana. Esta, é a personagem adulta, com grandes responsabilidades. Tímida, calma e preocupada são as características que a definem.
Por fim, Asakura Luka e o seu irmão mais novo, Asakura Yohane. Como já referi anteriormente, aparecem como os primeiros inimigos. Apesar de surgirem como inimigos de personalidade sombria, revelam-se seres sensíveis e com um passado duro, o que justifica a personalidade negativa e agressiva.
Juízo Final
É certo que o primeiro Shaman King foi lançado em 1998 e agora o mais recente aparece 14 anos depois. Ou seja, existem agora materiais e técnicas que não existiam naquela época. Contudo, mérito deve ser dado a este Mangaka, pela coragem de continuar um manga com tanto sucesso. Provavelmente muitos considerariam prosseguir o projecto, mas acabariam por abandonar a ideia para não estragar o que tinham conquistado e adquirido, ou até com medo de não conseguirem ultrapassar o sucesso da obra anterior. Este é, portanto, um grande autor que não deveria passar despercebido nos dias de hoje.
Concluindo, é uma obra que deve ser seguida, principalmente se leram ou visualizaram a obra antecessora. Caso não o tenham feito devem começar por aí, pois Shaman King é sem dúvida um marco histórico no mundo da Manga e do Anime!
Análises
Shaman King: Flowers
Uma sequela com um sólido potencial. Se és fã de Shaman King, vale a pena espreitar pelo menos os primeiros capítulos.
Os Pros
- Desenho
Os Contras
- Para já nada de relevante a apontar