>>>ESTE ARTIGO CONTÉM SPOILERS!<<<
NOTA: Antes de mais quero pedir desculpa aos leitores pelo atraso ENORME na publicação da análise deste episódio. Saiu mais tarde do que eu esperava, mas a vida profissional às vezes prega-nos estas partidas. Tentarei honrar os meus compromissos nos próximos. Já agora, se tiverem interessados, chutem algum anime da próxima temporada que gostassem que eu analisasse semanalmente 🙂
Made in Abyss – Opinião Episódio 11
Depois de um emocionante episódio 10, Made in Abyss decidiu colocar travões a fundo. Boa escolha?
Choradinhos à parte, o início deste episódio de Made in Abyss foi um pouco escusado. Ok, eu percebo que aquilo tenha surgido como uma ponte para o que se viria a seguir… mas vá lá (!), o episódio 10 foi tão intenso, era realmente necessário dar tanto tempo de antena ao que se passou no final do último episódio? Acham mesmo que alguém se esqueceu do que aconteceu?
Aquilo serviu para apenas passar à frente e ir escutar o opening (que é fantástico já agora, apesar de eu preferir o ending!).
Eu hoje parece que “acordei com os pés de fora”, mas também tenho coisas positivas a dizer, nomeadamente, as reações do Reg! A sério, alguém dê um biscoito ao moço e um cobertor. Porque para além dele estar super sensível com o estado da Riko (quem não estaria) e passar a maior parte do tempo a chorar, ainda está em modo carente e obcecado em apalpar a Nanachi sempre que pode.
Moço, acalma as hormonas, assédio é crime!
Tirando estas partes de comédia, este foi o episódio onde o Reg mostrou mais intensidade nas suas emoções “como pessoa”. Neste momento, já nada indicava o contrário, mas cada vez mais nos leva a crer que o Reg tem alguma ligação com um passado “humano”. Este episódio foi a prova final, nunca vimos o personagem tão instável e tão perdido como até então. E viu-se a força da ligação entre eles os dois!
Para além da personalidade “humana”, também se descobriu no episódio 11 que o Reg conhecia a Lyza e que, provavelmente, e não me espantaria muito, foi ela que o enviou até à superfície para ajudar a sua filha. Não é uma ideia descabida de todo, se virmos que a Riko nunca conseguiria ir sozinha.
Mas algo que me chamou à atenção, para além da recuperação de memórias com a mãe da sua companheira de viagem, foi o colar/bússola que ele tinha na mão. Algo idêntico aparece logo no início do opening e pode bem tratar-se da mesma coisa. Com sorte, poderá ser uma relíquia ligada à Lyza de alguma forma.
Outro ponto bastante positivo foi a Nanachi. Esta personagem é tãooo engraçada, superou todas as minhas expetativas em relação à sua chegada. Eu pensava que ela era fofa e kawaii, mas ela é bastante irónica, “gozona” (gente do Brasil, calma com esta palavra!) e tem uma personalidade vincada. Senti uma simpatia enorme por ela, talvez porque fez-me lembrar um pouco de mim…
E o melhor de tudo foi descobrir uma parte do seu passado, o porquê de ela estar lá escondida e o porquê de ela ter aquele aspeto (maldição de subir na sexta camada, supostamente. Daí eles dizerem que quem desce para esse nível dá o “último mergulho”. Já não volta mais. E se voltar, é na forma da Mitty).
A Nanachi teve sorte (por assim dizer), a não ser que aquele flashback que vimos tenha sido um indício de uma experiência à qual foi submetida… E não da maldição da sexta camada. Principalmente tendo em atenção que esta apareceu enquanto “bebé” e não me acredito, se fosse da maldição, que ela iria transformar-se em criança e depois crescer. O mais certo seria ela perder toda a humanidade mas continuar com a idade do corpo que tinha. Quer dizer, não sei, supostamente pode acontecer tudo… mas realmente não me deu a impressão que tenha sido por isso.
Outra questão fundamental que também fica a pairar no ar é: os apitos brancos são também afectados pela maldição da sexta camada? Vimos que, por exemplo, a Ozen apresentou sintomas (daí utilizar aquele corte de cabelo), mas a Ozen nao é uma Mitty. Quem tem certos tipos de relíquias poderá estar protegido destes efeitos. Deveremos ter mais informações já no próximo episódio.
No final, este episódio foi escasso no que toca ao desenvolvimento da história. Continuo a afirmar: para tão poucos episódios do fim, não havia necessidade de perder um episódio inteiro em nada de muito interesse. Pode ter sido servido para apresentar melhor a Nanachi (tal como o nome do episódio o indica), pode ter sido para baixar a tensão do último episódio e para nos preparar para o grande final, mas mesmo assim podia também ter sido melhor aproveitado.
A parte do Reg à procura da comida e do “medicamento” para a Riko foi prolongada demais. Não era preciso ver tanto tempo daquilo. Percebe-se a intenção por detrás, mas esta também seria passada de outra forma.
O episódio não foi mau, eu apenas esperava mais. Queria mais do que aquilo que me ofereceu, no entanto não deixei de o achar divertido. E vou ficar à espera do próximo já esta sexta-feira.
Até lá, gente!
Pensamentos finais:
- Já tinham reparado que as sobrancelhas do Reg são cinzentas e o cabelo dele é castanho? Só a mim me faz impressão isto?
- Sabes que o anime é bom quando nos primeiros 5 minutos estão a inserir supositórios…
- Gosto de como não sensualizam o corpo de uma criança. E coitado do Reg.
- Só eu quando o vi a apanhar ovos e peixes entendi logo que a Nanachi ia usar aquilo para o jantar? Ri-me tanto!
- Não sei como me esqueci de comentar esta parte final (e obrigada ao leitor Alisson pelo reparo!). A Mitty a aparecer em cima da Riko e, parece-me, a tentar pronunciar o nome dela, deu todo o entender de que se trata de alguém que ela conhece. Só espero que não seja a Lyza, POR FAVOR NÃO SEJA A LYZA. Era demasiado “óbvio” e eu queria ser surpreendida. De todo o modo, a cena foi horripilante como tudo…
Outras análises:
Made in Abyss – Opinião Episódio 10
Made in Abyss – Opinião Episódio 8 e 9
Made in Abyss – Opinião Episódio 7