Título: Cardcaptor Sakura: Clear Card-hen
Adaptação: Manga
Estúdio: Madhouse (One Punch Man, Death Note)
Demografia | Género: Shojo | Magia, Aventura, Romance, Fantasia, Comédia
Primeiras Impressões: Disponível

 

Cardcaptor Sakura Clear Card-hen – Análise

Cardcaptor Sakura Clear Card-hen – Opening

“CLEAR” de Maaya Sakamoto

 

Desde a notícia da sequela em manga que fiquei em êxtase com a possibilidade de mergulhar um pouco mais neste maravilhoso universo.

 

Cardcaptor Sakura Clear Card-hen – Será esta sequela uma obra prima das CLAMP?

Para os menos familiarizados com a obra Cardcaptor Sakura trata-se de uma franquia das prodigiosas CLAMP, quatro mangakas com um cérebro que merece entrar no Guiness, capazes de criar complexas narrativas dentro do MESMO universo. Contextualizando, as CLAMP possuem várias obras todas elas ligadas, com mais ou menos afinidade.

Cardcaptor Sakura está ligada a Tsubasa Chronicle (os mesmos protagonistas, inclusive) e xxxHOLiC (digamos que é uma espécie de universo paralelo que funciona como ponto de encontro com as narrativas criadas por elas).  E agora vocês perguntam: mas porque estás tu a falar disto numa análise ao anime?

• 1º porque me dei a pensar nas semelhanças deste com o misticismo negro de xxxHOLiC e a relação entre Sakura e Shaoran Li, em Tsubasa Chronicle;
• 2º porque tudo me leva a crer que algumas das dicas que li em xxxHOLiC relacionadas com o poder e destino destas personagens poderá estar ligado aos acontecimentos mágicos desta sequela;
• 3º porque “personagens espelhadas” (para não entrar em spoiler) – um tema da Clear Card – é algo usado e explorado em Tsubasa Chronicle e que – segundo alguns infelizes spoilers que fui alvo – poderá estar mesmo ligado a esta sequela.

Em suma, Cardcaptor Sakura Clear Card-hen é um anime bem mais complexo do que aparenta ser!

 

 

Cardcaptor Sakura Clear Card-hen – uma adaptação non-canon!

Tal como aconteceu na adaptação da prequela, esta série anime é uma adaptação non-canon, ou seja, uma criação que não segue na integra a obra original.

Se me pedirem a opinião à cerca disso, tal como referi na análise de Cardcaptor Sakura, achei completamente desnecessária a criação e, agora inserção, da Meiling Li. Nota-se claramente que se trata de episódios filler sem conteúdo estritamente necessário. Se queriam explorar a relação amorosa ou os sentimentos de Sakura colocavam-na a falar com a Tomoyo, seria mais que suficiente e igualmente fácil.

 

 

Mas pronto, salvo esta desastrosa personagem, que lá ficou menos irritante com a idade, algumas das mudanças face à obra original não foram negativas.

Digamos que para quem viu apenas o anime seria, de facto, muito complicado a inserção de todos os poderes e teias genealógicas envolvidas. Em contrapartida, há um esforço em começar a introduzir o pai da Sakura na história, apesar de não terem explicado (se não estou em erro), que ele era o herdeiro de Clow. O que foi capaz de deixar alguns confusos no momento em que começam a unir as peças à cerca da linhagem da Sakura.

 

 

Teremos uma segunda temporada de Cardcaptor Sakura Clear Card-hen?

Como já devem ter reparado até aqui, eu não li o manga Cardcaptor Sakura Clear Card. Pretendo comprar em breve os volumes mas, até ao momento, admito que só fiz um test drive de 3 capítulos na altura da sua estreia. Ou seja, eu não vos consigo dizer até que ponto a adaptação da premissa foi fiel.

Todavia, uma coisa vos posso adiantar: gostei muito de como terminou! Criaram um final com margem para existir uma continuação direta da série! Haverá notícia mais maravilhosa que esta?

 

 

Realmente, na altura houve muita controvérsia. Chegamos a noticiar que a série teria 26 episódios para pouco tempo depois, vir a confirmação da redução para apenas 22. Estranho não é?

Numa franquia cuja a última adaptação é constituída por 70 episódios, sem contar os filmes, 22 episódios é muito pouco. Quando cheguei ao episódio 21 confesso que fiquei aterrada com a possibilidade de forçarem uma batalha final às 3 pancadas!

Havia tantas pontas soltas: a chave, o poder da mãe da Sakura, o novo poder do Touya, o novo poder de Shaoran, a organização dos D., tanta mas tanta coisa! Dá para, no mínimo, mais 30 episódios e sem forçar muito! Felizmente a Madhouse foi inteligente e deu-nos um cheirinho do que poderá vir a seguir sem nos estragar nada.

Obrigada =)

 

 

Cardcaptor Sakura Clear Card hen – Ambiente

Não sei se foi premeditado ou se ouviram os fãs mas, de facto, todo aquele brilho e background floral modo manga shoujo foi reduzido ao mínimo. Ou seja, a minha maior queixa em relação ao anime foi “corrigida”!

Claro que continuam a existir esses momentos, e alguns episódios onde abusam um pouquinho. Contudo, a não ser que o meu olho já comece a estar habituado a tanta flor, fiquei com a percepção que a alocação desta característica ficou mais on point com o passar do tempo.

 

 

Em termos do “destoar” das cores naturalmente berrantes da primeira série, primeiro estranha-se e depois entranha-se. Não vou dizer que adoro contudo, foi uma decisão da produção que não afetou a minha experiência enquanto fã.

Em boa verdade, denota-se um esforço da Madhouse por manter a animação típica usada nos momentos de comédia. Há um cuidado soberbo em manter a essência das personagens, mesmo tendo sido alteradas no visual. Acredito por isso que seja de louvar o cuidado demonstrado em tentar transmitir as expressões e todos os pormenores que fazem desta série uma das mais marcantes de sempre.

 

 

Em termos de banda sonora, possui sonoridades que ficam no ouvido, mas nada que achasse que ultrapassa as antecessoras (inclusive muita da banda sonora é reciclada da primeira série). Felizmente, no conjunto continua acima da média, afinal a banda sonora original é, por si só, uma referência!

Em destaque, está a incrível a gestão de som, acho que ainda agora me arrepio se ouvir o som de um relógio!

 

 

Cardcaptor Sakura Clear Card hen – Juízo Final

Apesar de toda a irritação por esta adaptação ser mais uma non-canon, consegui usufruir e saborear o que Cardcaptor Sakura Clear Card hen tinha para me dar.

Sejamos francos, são as personagens e suas relações que fazem a história! O universo é incrível e lamento não o “poderem” transmitir na totalidade no pequeno ecrã mas, ainda assim, acredito que tenham transmitido o suficiente para não ser uma experiência overwhelming para quem não segue a manga.

 

 

Há pequenos pontos, contudo, que me deixaram um pouco de pé atrás, tais como o aparecimento da carta “Hope” – que não existe no manga – fruto do segundo filme da franquia. Ou a conversa sobre a mansão de Eriol que foi destruída no segundo filme e agora aparece reconstruída na integra (ah e tal fizeram um parque de diversões mas desapareceu convenientemente agora fruto da magia, come on, guys!).

Todavia, até que me provem o contrário, poderão ter sido apenas adições de forma a fechar pontas soltas entre anime e manga.

Quanto ao futuro? Bem, primeiro tenho que ler a manga e depois falamos! Mas pelo anime teremos uma continuação que espero que seja daqui a algum tempo, tempo o suficiente para o manga terminar.

Ou podemos ter Cardcaptor Sakura para o resto da vida e serei igualmente muito feliz!

 

 

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Sabe mais sobre a franquia:

Cardcaptor Sakura Clear Card-hen – Primeiras Impressões

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