Este Outono está a ser muito generoso e muitas das séries que estrearam estão a encantar muita gente, sendo certo que daqui a uns meses o difícil será mesmo escolher o anime favorito. Hoje é a vez de falarmos de Guilty Crown, uma série que promete bastante e vai com certeza competir pela distinção de anime sensação da temporada.
Guilty Crown | A História
A história de Guilty Crown passa-se no ano de 2039, mas para a contar é preciso recuar 10 anos. Em 2029, um vírus desconhecido, conhecido apenas por Lost Christmas, contaminou e devastou o Japão. O país não aguentou e perdeu a capacidade de se governar e sustentar independentemente, portanto necessitou forçosamente de ajuda externa para sobreviver, aumentando a sua dependência de terceiros. Uma organização que ajudou a restaurar o Japão foi a GHQ, que se aproveitou da situação débil do país para o controlar com punho de ferro.
Explicado o passado, centremos-nos no presente. Shu Ouma, um reservado estudante de 17 anos, durante um dia perfeitamente normal, a meio da sua rotina diária, encontra-se com Inori Yuzuriha. Esta rapariga é a vocalista de uma popular banda japonesa mas que possui uma face oculta que poucos conhecem. Shu vai conhecer essa faceta à força, quando a vê ser levada pelas forças policiais à frente dos seus olhos. Arrependido por não a ter ajudado e para se redimir, decide continuar com a missão de Inori e procurar um tal de Gai Tsutsugami, para lhe entregar um pequeno robot. É aqui que a vida de Shu começa a mudar.
Shu descobre que Inori faz parte de uma organização de rebeldes, liderada por Gai, opositores da GHQ. Estes pretendem restaurar a independência do Japão e acaba por se envolver nas suas actividades. Durante uma batalha entre rebeldes e forças policiais, Shu recebe de Inori uma poderosa habilidade, A Marca do Rei, que lhe permite extrair armas de dentro de qualquer pessoa.
Guilty Crown | Os Criadores
Os responsáveis por esta série não são novatos e muito menos desconhecidos do público adepto de anime. Se calhar os seus nomes até podem não ser famosos por cá, mas os nomes das obras que fizeram são bem conhecidos.
Comecemos por Tetsuro Araki, encarregado pela realização do anime. Antes de trabalhar em Guilty Crown, Araki passou por outros animes como Highschool of the Dead e Death Note, este último é considerado por muitos um dos melhores animes de sempre.
Hiroyuki Yoshino, responsável por escrever o anime, tem já no seu currículo, nada mais nada menos que Code Geass.
Para quem conhece estes animes, e quem não conhece devia conhecer, só pode esperar uma obra prima. É de esperar uma obra onde se destaca a história ao invés de clichés sem importância, com personagens muito elaboradas e planos detalhados cheios de reviravoltas. E pelo que já deu para ver do anime, não vai ficar nada abaixo das expectativas, muito pelo contrário.
Guilty Crown | Potencial
Este anime, como já fui dizendo ao longo da análise, tem muita qualidade e ainda está a começar. No entanto, corre o risco de aparecerem críticos, alegando que este anime é uma cópia de outros já feitos. E a verdade é que tem muitos pontos em comum com Code Geass, desde a situação do país, passando pelas personagens, e até ao modo como o poder de Shu é obtido.
Estas semelhanças são, a meu ver, aceitáveis. Não só pelo facto de terem sido ambos escritos pela mesma pessoa, mas também pelo facto de Code Geass ter sido um anime de enorme sucesso, e como todos sabemos, equipa que ganha não mexe.
No entanto. acredito que com o passar das semanas a história comece a ganhar identidade própria e aos poucos se comece a ver Guilty Crown sem a comparar com Code Geass. Portanto, a minha sincera recomendação é, vejam! Vai ser um dos animes da temporada e quem sabe, não estaremos daqui a uns anos ainda a falar dele.
A minha opinião está dada. Agora fico à espera das vossas expectativas para este anime.
Análises
Guilty Crown
Um anime que já apresenta muita qualidade neste ponto de partida e onde são claras as semelhanças com Code Geass, obra de sucesso.
Os Pros
- Produção Visual
- Banda Sonora
- Personagens
- Enredo
Os Contras
- Nada de relevante a apontar